IV Congresso de História da Arte Portuguesa: Homenagem a José-Augusto França
21 a 24 de Novembro de 2012
Fundação Calouste Gulbenkian
«Desde a sua fundação em 1989, a Associação Portuguesa de Historiadores da Arte (APHA) pretende afirmar a História da Arte como domínio científico autónomo com excepcional aptidão para promover práticas culturais qualificadas. Assim, sob os auspícios da Fundação Calouste Gulbenkian, a APHA inaugurava em 1992 o seu primeiro congresso subordinado ao tema “Portugal: Encruzilhada de Cultura Artes e Sensibilidades”. Seguiram-se o segundo e terceiro congressos, realizados, respectivamente, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2001) e na Fundação Engenheiro António de Almeida, em Lisboa (2004).
Vinte anos depois, a APHA regressa à Fundação Gulbenkian com um novo Congresso homenageando José-Augusto França, figura referencial da história da arte e da cultura portuguesas, no ano e no mês em que celebrará o seu 90º aniversário.
O IV Congresso de História da Arte Portuguesa segue a metodologia predominantemente utilizada em encontros internacionais congéneres. Tivemos também o desígnio de abarcar todas as especialidades da História da Arte. A maioria das universidades portuguesas que as acolhem estão representadas na Comissão Científica que, através da sua composição, pretendeu integrar a investigação sobre a cultura artística portuguesa no exterior.
O Congresso foi estruturado num conjunto de sessões plenárias de manhã – cujos temas e participantes foram definidos pela organização – em que serão tratadas questões de sentido mais globalizante, como sejam a Teoria, a Imagem, a Cidade, e em sessões simultâneas durante as tardes. A escolha dos organizadores, temas e conteúdos destas resulta do duplo processo de apelo a propostas de sessões temáticas seguido de apelo a comunicações. No final dos primeiros dois dias de trabalhos serão proferidas conferências por reconhecidos especialistas, de sentido plenário e assumidamente transdisciplinar.
Com esta estrutura, o IV Congresso de História da Arte Portuguesa será, em grande medida, o resultado da resposta aos apelos à participação do meio e, por isso, uma espécie de retrato colectivo do estado da História da Arte Portuguesa.
Desejamos vivamente que a herança deste IV Congresso – que incluirá a publicação de um volume de homenagem a José-Augusto França -, sinalize positivamente a situação actual da História da Arte Portuguesa, reflectindo a vitalidade e a qualidade de muitos trabalhos e projectos em curso. Este momento de afirmação do nosso domínio disciplinar iluminará certamente outros com que especialmente se cruza: a História, a Crítica, a Comunicação, as Ciências do Património e a própria produção artística porque os factos com que lidamos são, essencialmente, do domínio do imaginário e da linguagem simbólica, o denominador comum a todas as culturas humanas.