
4.
VITRUVIUS MOZAMBICANUS
Org.: Ana Vaz Milheiro
Local: Ordem dos Arquitectos (Travessa do Carvalho 23, 1249-003 Lisboa)
Data/Hora: 12 Março / 10 h
Convidados: José Luís Saldanha; Miguel Santiago; Hugo Segawa; José Manuel Fernandes
A partir do tema de capa Vitruvius Moçambicanus que, em Portugal, celebrou a arquitectura de Pancho Guedes na revista Arquitectura Portuguesa, reúne-se um conjunto de convidados em torno do tema da divulgação da Arquitectura Tropical na Europa, interpelando o papel de Portugal nesse processo. O número seria lançado em 1985, precisamente dez anos depois de concluídos os processos de descolonização na antiga “África Portuguesa”.
O debate que se pretende fazer, parte do contacto privilegiado mantido entre a cultura arquitectónica portuguesa e outras expressões arquitectónicas vindas de fora da Europa – do Brasil, do continente sul-americano, de África, ou da Índia e da Oceânia. Este é o ponto de partida para uma reflexão sobre o eco e a recepção que estas realizações tiveram nas publicações periódicas de arquitectura, tanto em Portugal como no resto da Europa. Pretende-se assim reflectir sobre a importância da arquitectura extra-europeia nestas mesmas publicações, e que discursos acompanharam essa divulgação.
O foco cronológico é entre a 2ª Guerra Mundial e a entrada de Portugal na União Europeia. Esta última data coincide com o fecho do arco temporal do Projecto de Investigação “O Lugar do Discurso”. O período em análise corresponde a uma fase de afirmação das publicações periódicas na formação de um discurso crítico e da confirmação do interesse nas culturas emergentes, algumas das quais saídas de antigos sistemas coloniais, entre as quais a moçambicana, que Pancho ajudara a consolidar.
5.
OS AGENTES DA CRÍTICA NO CAMPO DA ARQUITECTURA<
Org.: Inês Brasão
Local: Ordem dos Arquitectos (Travessa do Carvalho 23, 1249-003 Lisboa)
Data: 18 Março, 18h
Convidados: António Guerreiro; Manuel Graça Dias; José Manuel Fernandes
As revistas e jornais disciplinares podem entender-se como espaços de afirmação de posições e tendências. Ao mesmo tempo, para citar Nuno Portas, no contexto português a arquitectura parece ilibar-se da crítica e do contraditório, ao contrário de outras artes. Apesar de uma genérica sensação de acriticismo, em alguns momentos esta imprensa tem sido palco de rupturas e afirmação de afinidades, recompondo as posições no campo e as relações entre os pares.
Importa, neste quadro, definir até que ponto o panorama da crítica de arquitectura em Portugal constitui algo que lhe é específico comparativamente com outras áreas (literatura, pintura, escultura, cinema). Definir, também, a cartografia social dessa crítica, sociológica e historicamente. Compreender se o léxico desta crítica constitui algo de específico em relação à crítica produzida em outros saberes e artes. Quais são, afinal, os atributos que definem a excelência de um crítico no panorama contemporâneo? Como se relaciona o discurso crítico com a questão do gosto? Qual a relação entre a crítica e a atribuição de prémios e outras distinções?
Programa do Ciclo de Conferências
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