III Workshop Internacional
Mudanças e Continuidades. História Global, Cultura Visual e Itinerâncias
14 ,15 e 16 de Setembro de 2017 | FCSH/NOVA
Organização: IEM/FCSH/NOVA, CHAM/FCSH/NOVA, IHC/FCSH/NOVA, IHA/FCSH/NOVA
Comissão Organizadora: Francisco José Díaz Marcilla (IEM), Francisco Zamora Rodríguez (CHAM), Jorge Tomás García (IHA) e Yvette Santos (IHC)
Call for Papers
No seguimento do I e II Workshops Internacionais “Mudanças e continuidades”, que tiveram lugar em 2014 e 2015, o Instituto de Estudos Medievais, o Centro de História d´Aquém e d´Além-Mar, o Instituto de História Contemporânea e o Instituto de História da Arte organizam o terceiro workshop intitulado “Mudanças e Continuidades. História Global, Cultura Visual e Itinerâncias”, a decorrer na FCSH-UNL, nos dias 14 e 15 de Setembro de 2017. O MeC3 irá focar três aspetos principais, que vão servir como eixos temáticos para a apresentação de comunicações, no enquadramento mais geral da interdisciplinaridade e da trans-historicidade.
No último dia do Workshop (sábado 16 de Setembro) é prevista uma reunião concebida como laboratório para partilhar ideias e construir redes (LabNet), com o objetivo a apresentar projetos europeus de carácter institucional.
Para este Workshop o Call for Paper vai abranger as seguintes três linhas de pesquisa:
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História global – Um dos principais desafios que a História tem de enfrentar é a globalização. Os estudos de carácter nacional demonstraram a sua limitação para um entendimento correto dos fenómenos globais e da sua repercussão nas sociedades. Neste sentido,torna-se necessário definir novos parâmetros de estudo. Neste eixo temático, irão ser debatidas as questões metodológicas e teóricas aplicáveis aos estudos sobre a globalização, quer nas suas origens, quer no seu desenvolvimento, quer na actualidade. As comunicações poderão visar os seguintes temas (lista não exclusiva): estudos comparativos, evolução de fenómenos globais, processos históricos numa perspectiva diacrónica, estudos de caso no seu contexto global, economias em mudança, continuidades culturais, questões metodológicas da globalização, etc.
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Cultura visual – O reconhecimento de que a cultura visual é parte integrante do marco teórico da história global compreende, desde logo, a necessidade de uma metodologia interdisciplinar. A problematização deste campo de vastos estudos como lugar de convergência das disciplinas procedentes de diferentes áreas das Humanidades tem como finalidade criar um espaço de diálogo entre os conceitos de “história global” e de “cultura visual”, através do uso de uma visualidade cultural. A melhor maneira de contribuirmos para a transformação do pensamento geral e das estruturas existentes é a adopção da perspectiva multidisciplinar. A investigação sobre os mecanismos de interacção cultural – subjacente a estes processos – continua a ser um problema importante, porque a construção e desconstrução da história global visual continua a ter um lugar na actualidade. Mais do que o estudo das imagens, equacionar-se-á o estudo da vida social das imagens, analisando-se os processos da construção cultural da visualidade no quadro da história global. As propostas abrangerão as seguintes questões: imagens itinerantes, fronteiras e imagens, vida social das imagens, cultura visual na história global, fontes teóricas para o estudo da imagem itinerante; estética da migração.
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Itinerâncias – Uma das características da história global é a interconexão. Todos os elementos humanos interagem entre eles, quer passiva, quer activamente. Nesse contexto, surge um dos parâmetros de mudança mais relevantes: a itinerância da cultura e do saber. Portanto, os agentes itinerantes levam consigo uma bagagem cultural que transportam e transmitem aos outros espaços, realizando-se a interconexão e a mudança activa. A relevância do conceito deve-se à abrangência de diferentes áreas de estudo: intermediários em geral; pessoas actuando como agentes itinerantes; os materiais e objectos itinerantes; os espaços de origem e acolhimento dos elementos itinerantes (antropologia da itinerância); a representação visual, plástica ou escrita, do fenómeno da itinerância; ideias itinerantes.