CONGRESSO INTERNACIONAL
A ARTE DO ORNAMENTO: SENTIDOS, ARQUÉTIPOS, FORMAS E USOS
23-25 Novembro 2017 | Fundação Calouste Gulbenkian
Organização:
Instituto de História da Arte, FCSH/NOVA
Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes, UCP
A omnipresença do ornamento, enquanto expressão da cultura, é transversal a todas as civilizações e a todos os períodos da história. Conjugação de prazer e poder, de prestígio e hierarquia, o ornamento define padrões socioculturais e permite a criação de leituras e mundividências específicas de cada sociedade e de cada época.
Num momento em que os estudos sobre o ornamento se multiplicam, ensaiados pelas mais diversas disciplinas, da arquitectura à antropologia, passando pela história da arte ou pelos estudos de género, torna-se premente pensar o seu lugar no mundo contemporâneo, entre a tradição e o contributo das novas tecnologias.
Pretende-se com este Congresso trazer para debate tanto casos de estudo como abordagens teóricas e críticas sobre a permanência e o lugar do ornamento, suas múltiplas manifestações e momentos de sobrevalorização em certas conjunturas e geografias.
O papel desempenhado pela relação entre globalismo e localismo, consequência da migração de objectos facilmente transportáveis, disseminados, replicados e reinventados, será também uma das questões-chave a serem abordadas.
Em última análise pretende-se estabelecer um diálogo aberto e profícuo entre diversas áreas de estudo que tenham como objecto de reflexão o ornamento, o seu lugar na história, a sua intervenção no presente e as perspectivas para o futuro.
Call for Papers
Os temas sugeridos para envio de propostas de comunicação a este Congresso são genericamente os seguintes, embora seja possível aceitar outros, que se revelem pertinentes e relacionados:
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Pensar o ornamento hoje: sentido, tendências e caminhos;
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Ornamento e artes decorativas de expressão portuguesa;
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Revivalismo, exotismo e ornamento;
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Ornamentistas e gravadores: criação, recepção e difusão;
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Ornamento e arquitectura: historiografia, teoria e actualidade;
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Mobilidade e transcontinentalidade: a migração das formas;
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Entre o sagrado e o profano. Apropriações, reinvenções e convivências;
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Intersecção, união e dissonância: literatura, música e artes visuais.