Projecto Batalha no jornal DN

Projecto Monumental Polychromy: Revealing Medieval Colours at Batalha no Diário de Notícias

Vermelho, azul, dourado. Eis as cores vibrantes da batalha

Projeto pioneiro junto cinco equipas de investigadores que durante o último ano recolheram amostras, fizeram levantamentos a laser, consultaram fontes para poderem dizer com certeza: a Capela do Fundador era rica e extensamente colorida.

Os sinais estavam lá, nas paredes (quase) nuas da Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha. Mas eram precisas provas científicas para, com certeza, se puder dizer que o aspeto atual do primeiro panteão nacional, mandado construir no início do século XV por D. João I, está bem diferente do original. Após quase um ano de trabalho de uma equipa multidisciplinar que junta investigadores de cinco entidades chega “a confirmação feliz” pela voz da coordenadora do projeto, Joana Ramôa: “a abrangência e riqueza da utilização da cor na capela foi provada com segurança do ponto de vista científico”.

“Este projeto teve como ponto de partida a identificação de vestígios de policromia sobreviventes em algumas superfícies pétreas da Capela do Fundador no Mosteiro da Batalha”, começa por contar, a partir de Bruxelas onde agora está a trabalhar a historiadora de arte, referindo a pesquisa realizada pela investigadora do Instituto de História de Arte da Universidade Nova, Begoña Farre Torres, durante o seu mestrado. “Logo nessa altura, foi registando a presença dos vestígios de cor numa série de locais e ficaram essas pistas para virmos a desenvolver através de um projeto, quando fosse oportuno.”

As condições reuniram-se no ano passado. “Começámos a montar o projeto e pedimos um pequeno financiamento à unidade de onde o projeto saiu, o Instituto de História de Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Entretanto, por coincidência, abriu um concurso para financiamento de projetos nas áreas da língua e cultura portuguesa da Fundação Calouste Gulbenkian. Como estávamos a arrancar, tentámos.” E conseguiram os dez mil euros que permitiu reunir uma equipa interdisciplinar. Ao Instituto de História de Arte, berço do projeto, foram associando outras entidades: o Mosteiro da Batalha, o Laboratório Hércules da Universidade de Évora, o Instituto Português de Heráldica e o Instituto Politécnico de Leiria.

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