Hubert Damisch (1928 – 2017), fundador do Centro de História e Teoria da
Arte (CEHTA) da École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, foi uma das grandes referências da cultura contemporânea, destacando-se ao nível da estética, da teoria e da história da arte. O filósofo francês faleceu no passado dia 14 de dezembro, com 89 anos, deixando importantes obras como Théorie du nuage. Pour une histoire de la peinture (1972), Ruptures/cultures (1976), L’Origine de la perspective (1987), Un Souvenir d’enfance par Piero della Francesca (1997), La Peinture en écharpe. Delacroix, la photographie (2001) e Voyage à Laversine (2004), entre outras.
A perspectiva de Damisch é central no panorama da história da arte e dos estudos da cultura visual da actualidade, como base na semiologia e na psicanálise, e confrontando a abordagem iconográfica/iconológica.
Na Revista de História da Arte nº3 (2007), pode ler-se a entrevista a Hubert Damisch, conduzida por Joana Cunha Leal (IHA/FCSH/NOVA), coordenadora do grupo Art Theory, Historiography and Criticism. A entrevista teve como enfoque o entendimento da iconografia e a discussão sobre a abordagem proposta pelo autor, passando por temas como o estruturalismo e a beleza. Por fim, Damisch deixa um apelo relativamente àquilo que considera importante que se venha a fazer na disciplina da história da arte.