[disseminação – sociedade]
Conversas a partir de Coleções Particulares
Nuno Félix da Costa e Paulo Pires do Vale
MNAC | 28 de fevereiro | 18h30

Martin Kippenberger, 1986. Óleo s/tela, 89,7 x 75,2 cm © Col. NFC
A Direção dos Amigos do Museu do Chiado, em parceria com o Instituto de História da Arte, da NOVA FCSH, vão organizar uma nova sessão do Ciclo Colecionar Arte. As conversas serão moderada por Adelaide Duarte, investigadora integrada do IHA.
Vamos conhecer a coleção de arte contemporânea portuguesa e internacional que Nuno Félix da Costa tem vindo a reunir nas últimas décadas. Colecionador meticuloso, que procura a qualidade e extrair sensações das obras de arte, a coleção que reúne preenche o espaço doméstico, quase em modo de horror vácuo. Nela, convivem, nos vários médiuns, obras de arte contemporânea portuguesa (Julião Sarmento, Pedro Casqueiro, Jorge Martins, João Hogan, Mário Botas, Paula Rego), com obras de artistas internacionais do pós-guerra, sobretudo europeus e norte-americanos (Martin Kippenberger, Marküs Lupertz, Jörg Immendorff, Jan Voss, Arnulf Rainer, Karel Appel, Sue Williams, Asger Jorn, Antoni Tàpies, Arman, César, Christo, Roberto Matta, Jim Dine, Georg Grosz), incluindo peças exigentes (escultura de Jake & Dinos Chapman). É, ainda, de destacar o mais recente interesse em colecionar fotografia a preto-e-branco (Henri Cartier-Bresson, Bill Brandt, Brassaï, Weegee).
Em conversa com Paulo Pires do Vale, Nuno Félix da Costa dará a conhecer o seu perfil de colecionador, as suas motivações, os artistas e as obras que o apaixonam, o percurso colecionista e algumas questões de mercado.
Nuno Félix da Costa
Nasceu em Lisboa a 5.12.1950, onde vive e trabalha. Médico, psiquiatra, professor da Faculdade de Medicina de Lisboa. Adquiriu a primeira peça aos 19 A, uma pintura de Mário Botas. Foi sócio de Galeria Alda Cortez, nos anos noventa, período em que ampliou a sua coleção em particular com arte portuguesa contemporânea. A partir do início do século desloca o seu interesse para a arte contemporânea europeia e americana contando para o efeito com o apoio do Víctor Pires Vieira. Mais recentemente, desde 2005, inclui na sua coleção um núcleo de fotografia delimitado: dos anos 30 até ao início do digital integrado apenas por fotografia a preto e branco.
Paulo Pires do Vale
Professor, ensaísta e curador; Presidente da Associação Internacional de Críticos de Arte – Portugal, desde 2015. É licenciado e Mestre em Filosofia pela FCSH – Universidade Nova de Lisboa. Leciona na Universidade Católica Portuguesa, na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich e no Departamento de Arquitetura da UAL. É autor de Tudo é outra coisa. O desejo na Fenomenologia do Espírito de Hegel, Colibri, 2006; e de muitos ensaios para revistas, livros e catálogos de exposições coletivas e individuais.
Entre as exposições mais recentes que comissariou, destacamos: Pliure (Prologue), Fondation C. Gulbenkian, Paris, 2015; Pliure (Épilogue), Palais des Beaux-Arts, Paris, 2015; Lourdes Castro – Todos os Livros, Museu Calouste Gulbenkian, 2015; Não te faltará a distância. Uma exposição em quatro passos, Igreja de São Cristovão-CML, 2016; Festival de l´incertitude. Fondation Gulbenkian, Paris, 2016; Ana Hatherly e o Barroco. Num Jardim Feito de Tinta. Museu Calouste Gulbenkian, 2017.
Organização/moderação: Adelaide Duarte
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