CICLO DE CONVERSAS | FOTO-HISTÓRIAS DA HISTÓRIA
Biblioteca Nacional, Sala Multimédia (entrada livre)
As temáticas do Ciclo Foto-histórias da História, organizado por Filomena Serra (IHA/NOVA FCSH), estão relacionadas com a exposição “Fotografia Impressa e Propaganda visual em Portugal (1934-1974)”, que esteve patente na BNP de 20 de maio a 30 de Agosto de 2019.
Conheça as várias sessões do ciclo:
“A Panorama (1941-1973): um projeto editorial de propaganda do Estado Novo”, por Israel Guarda e José Oliveira
08 de Outubro 2019, 17h30
Nesta sessão explora-se a Panorama: revista portuguesa de arte e turismo (1941-1973) como um projecto editorial de propaganda do Estado Novo. O período de actividade de mais de 30 anos, em contextos políticos e culturais distintos, implicou significativos ajustamentos da publicação ao nível da imagem. Nesse sentido, pretende-se discutir de que modo a orientação editorial evoluiu e foi permeável às diferentes direcções e contextos político-institucionais do regime. Que repercussões daí resultaram sobre as temáticas e imagens fotográficas publicadas no decurso do tempo?
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“Leitão de Barros: Imagética marítima e fotogenia”, por Filomena Serra
15 de Outubro, 17h30
O potencial iconográfico dos tipos e costumes das comunidades marítimas serviram ao pintor, encenador e cineasta Leitão de Barros, nas décadas de 30 e 40, a uma estetização da política que vinha ao encontro da propaganda visual do Estado Novo. Utilizando o conceito de fotogenia, discutir-se-á o modo como Leitão de Barros construiu em imagens um passado onde ficaria fixada uma mitologia marítima portuguesa.
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“Lisboa na fotografia impressa”, por Paula André
22 de Outubro, 17h30
Durante o Estado Novo português as «Arquitecturas» de Lisboa foram captadas, editadas e exibidas pelas imagens fotográficas que exaltavam e popularizavam o progresso e o passado, tornando-os acessíveis aos portugueses e estrangeiros, montando um universo estético reconhecível de Lisboa como Pais(agem). A análise em torno da modernização da capital, documentada em filmes, em exposições e em publicações permite revelar uma cultura arquitetónica e ideológica.
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“O foto-jornalismo entre «Os Anos de Chumbo» e a «Madrugada Sublime»”, por Luiz Carvalho
05 de Novembro, 17h30
É nos anos 20 que o fotojornalismo conhece através das revistas ilustradas grande incremento. Novos flashs, novas câmaras mais fáceis de manusear, lentes mais luminosas e filmes mais sensíveis, foram postos ao serviço da captação do momento decisivo que o foto-jornalista conseguirá se estiver no acontecimento. Contudo, como iriam sobreviver os «bate-chapas» nos «anos de chumbo» do regime no Estado Novo? Qual era o estatuto social do fotógrafo? Qual é a nova geração de fotógrafos? Que tragédias fizeram brilhar os foto-jornalistas portugueses? Houve uma ruptura estética e ética com Eduardo Gageiro? O que se seguiu ao 25 de Abril? Esta é uma história que está por fazer e que se abordará nesta sessão.
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“A imagem e a escrita na biografia de Leitão de Barros”, por Joana Leitão de Barros e Ana Mantero
03 de Dezembro, 17h30
Enquanto pintor, cineasta, encenador e director artístico, Leitão de Barros trabalhou obsessivamente a imagem. Antes de mais procurava o efeito, aspirava à emoção e à diluição de fronteiras entre objectos, vendo o cinema como uma arte devoradora de todas as outras. Na sequência do recente lançamento do livro «Leitão de Barros, a biografia roubada», as autoras Joana Leitão de Barros e Ana Mantero partirão de algumas das imagens criadas e encenadas pelo cineasta para, em conversa com Filomena Serra, retomarem algumas das questões mais interessantes do ponto de vista da imagem, que habitaram o seu universo artístico e o imaginário da época.
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Organização
Projecto FCT, «Fotografia Impressa. Imagem e Propaganda em Portugal (1934-1974)» [PTDC/CPC-HAT/4533/2014], desenvolvido no IHA (NOVA FCSH) e no DINÂMIA-IUL (ISCTE-IUL)