Está patente até 29 de agosto de 2020 na São Roque too – Antiguidades e Galeria de Arte a exposição “Reis, Damas e Valetes – O Imaginário de Costa Pinheiro”, com co-curadoria de Bruno Marques, investigador integrado no IHA no grupo CASt.
Os Reis, que começam a ser concebidos ainda em 1964, foram expostos pela primeira vez em 1966, na Galeria Leonhart, de Munique, tendo valido a Costa Pinheiro, nesse ano, o prestigiado Prémio Burda, assim como o Prémio de Pintura de Munique, em 1967. Composta por retratos imaginários de reis, rainhas e príncipes da Reconquista e dos Descobrimentos portugueses, a série foi objeto de uma grande exposição retrospetiva, em 1989, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e na Casa de Serralves, no Porto, no ano seguinte.
A exposição ‘Reis, Damas e Valetes – O Imaginário de Costa Pinheiro’, com a curadoria de Bruno Marques, Mário Roque e António Afonso Lima, reúne um conjunto 82 obras sobre papel e sobre tela. Para além de tornar evidente a originalidade plástica e conceptual desta mitografia feita em forma de irónicas efígies, a mostra desvela o processo criativo de Costa Pinheiro, mapeando pela primeira vez a evolução formal e iconográfica de cada personagem retratada através de um especial enfoque posto nos trabalhos que antecedem as dezoito grandes telas pelas quais o artista obteve amplo reconhecimento nacional e internacional. (texto de Bruno Marques)
Na lista de reprodução no canal YouTube da São Roque encontra um breve vídeo de apresentação da exposição e 17 outros vídeos com narração de Bruno Marques sobre as obras do artista. Assista abaixo:
Pode ainda ouvir a entrevista que o investigador deu ao programa K4 da Rádio Observador sobre a exposição: Converter uma figura histórica num puro devaneio
Leitura recomendada:
“O Retrato de Dom Sebastião: Costa Pinheiro ou a ‘desmitificação’ da retratística histórica oficial”, de Bruno Marques, in Revista de História da Arte, n.º 5 (2008), pp.188-207