Igor Rodrigues concluiu no IHA o seu estágio curricular no âmbito da Licenciatura em História da Arte sobre Miguel de Arruda, figura chave da arquitetura do Renascimento em Portugal. O estágio, num total de 253 horas, foi supervisionado por Margarida Tavares da Conceição, investigadora no grupo ArtTHC e Professora no Departamento de História da Arte, e teve como objetivo principal realizar o Status Quaestionis relativo à vida e obra deste arquiteto, que nunca havia sido alvo de estudo monográfico aprofundado, através do inventário das suas obras civis, militares e religiosas.
Num contexto tão especial como o que atravessamos devido à COVID-19, que veio alterar as metodologias de trabalho previstas para o cumprimento de diversos planos de investigação, a continuidade deste estágio foi possível através da pesquisa e recolha bibliográfica antecipada em várias bibliotecas e o uso de plataformas digitais para tratamento e partilha de documentação, a par de um acompanhamento regular da execução dos trabalhos através de videoconferência. Para Igor, “o contexto da pandemia foi, na verdade, motivo de desafio e de reinvenção das várias formas comuns de ver o trabalho e a sociedade que nele se envolve … experiência que para todos foi nova e intensa”. A implementação destes métodos de trabalho alternativos veio permitir a conclusão do plano de investigação com sucesso, resultando na classificação de 19 valores.
Nas palavras do aluno, a opção da realização deste estágio no IHA justifica-se por esta ser considerada “uma instituição de referência na sua área de estudos, onde será possível ter contacto com o mundo do trabalho e, particularmente, dar continuidade à prossecução dos objetivos definidos no que diz respeito à área de estudo preferencial, relacionada com a arquitetura e urbanismo da época do Renascimento.”
A articulação entre o IHA e o Dep. de História da Arte da NOVA FCSH vem reforçar a importância dos estágios no âmbito dos cursos de 1º Ciclo como complemento do plano curricular, mas também no percurso profissional dos jovens historiadores de arte, tal como Igor Rodrigues.
Penso ser da maior importância afirmar a opção do estágio num programa de licenciatura em História da Arte pela sua componente de formação académica e científica. Esta vem complementar e até aprofundar as aprendizagens realizadas ao longo destes três anos, também no domínio das questões mais práticas relativas ao exercício da história da arte enquanto profissão, pelas técnicas e competências de investigação que se afirmam essenciais ao trabalho de qualquer historiador de arte.