Valéria Alves conclui Estágio de Pós-Doutoramento no IHA

Valéria Alves
Valéria Aparecida Alves, Professora Adjunta do Curso de História da Universidade Estadual do Ceará (UECE), realizou no IHA o seu estágio de pós-doutoramento, de setembro de 2019 a agosto de 2020. “Uma aventura na arte, fora dos parâmetros do normal e sem aspas também”: experiências estéticas em Brasil e Portugal nas décadas de 1960-1970” foi o tema do projeto, que teve a supervisão de Margarida Brito Alves.
Segundo a investigadora, «a escolha do IHA deu-se em razão da discussão sobre estética e as pesquisas desenvolvidas no grupo de Estudos de Arte Contemporânea [CASt]», o qual teve conhecimento através do site da unidade.
Durante o estágio, Valéria Alves participou nas atividades e reuniões do grupo, onde esteve integrada, e acompanhou o Seminário “Modernismo e Modernismos na arte do século XX” do Mestrado em História da Arte, lecionado por Margarida Brito Alves.
O trabalho de levantamento e análise de fontes documentais teve por base jornais e revistas da época, que possibilitaram traçar o panorama das atividades desenvolvidas por artistas plásticos no Brasil e em Portugal e uma reflexão sobre as proposições estéticas dos artistas, a crítica de arte, o contexto histórico e as principais reivindicações no processo de democratização de ambos os países.
A investigação decorrente do estágio resultou na produção de dois artigos: “‘Opiniões’: críticas sobre as artes plásticas no Brasil (1965-1968)”, publicado na Revista Fronteiras & Debates (para ler, aqui) e ainda “‘Onde está a arte do pós-25 de Abril?’: o debate sobre as artes plásticas, em Portugal, nas críticas de Egídio Álvaro (Revista de Artes Plásticas) e Rocha de Sousa (Revista Opção)” na Locus: Revista de História.
Numa outra perspetiva, mais pessoal, os 10 meses do estágio proporcionaram a Valéria Alves uma experiência enriquecedora, permitindo-lhe conhecer Portugal, algumas das suas atrações e revisitar memórias:

Vivenciar o quotidiano da cidade de Lisboa, favorece uma relação com a cidade, que extrapola a situação de turista. Entrar em contato com outra cultura – hábitos, costumes, culinária, língua (bem distinta da língua portuguesa falada/escrita no Brasil), amplia não apenas os saberes, mas favorece o exercício da visão relativista, ou seja, considerar o ponto de vista do outro. Visitar, além dos pontos turísticos, museus, galerias de arte, províncias, freguesias, concelhos e aldeias, de facto, foi uma experiência ímpar. Vale destacar, ainda, minha relação afetiva com Portugal, pois meus avós paternos eram portugueses e durante minha estadia pude visitar os lugares onde nasceram, cresceram, casaram e tiveram os primeiros filhos – Armamar, Cepões e Lamego, no distrito de Viseu -, foi um momento especial.

Um balanço seguramente positivo.