IHA seed project | Intervenções de arte pública

Teve início no dia 1 de outubro o seed project “Intervenções de arte pública: da catalogação ao museu virtual – study-case Graça Morais”, suportado pelo financiamento plurianual do IHA e resultante de uma parceria entre a unidade e o Laboratório de Artes na Montanha – Graça Morais (LAM-GM), do Instituto Politécnico de Bragança. O projeto terá a duração de seis meses, prevendo-se a sua conclusão em março de 2021, altura em que será feita uma apresentação pública de resultados.
Resultante de mais de quarenta anos de ininterrupta atividade, a obra de Graça Morais (n. 1948) caracteriza-se pela permanente observação do ser humano e da sua condição no mundo. O seu trabalho encontra-se integrado em várias coleções públicas e privadas, e, além de poder ser visto permanentemente no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM), em Bragança, podemos encontrá-lo em diversas intervenções em espaços públicos, em Portugal e no estrangeiro.
Este seed project surge na sequência das atividades do LAM-GM, onde, atualmente, a obra pictórica de Graça Morais se encontra a ser alvo de um inventário sistemático, com vista à elaboração de um Catálogo Raisonné. Simultaneamente, decorre o levantamento exaustivo de informação e documentos relativos à atividade da pintora, que serão integrados no Centro de Documentação Graça Morais e que serão disponibilizados de forma permanente e em livre acesso ao público.
O projeto “Intervenções de arte pública” visa assim reforçar as componentes de investigação e de disseminação de resultados, tendo como enfoque os desafios conceptuais e práticos contemporâneos relacionados com a catalogação e documentação de arte pública ou intervenções artísticas em espaços arquitetónicos, e sua comunicação ao público.
+ info sobre o projeto, aqui.
 
Objetivos
A maioria do trabalho de Graça Morais enquadra-se nas categorias de pintura e obra gráfica (desenho). Contudo, a artista é igualmente autora de vários painéis de azulejos, situados em diversos locais, que podem ser categorizados no domínio da arte pública ou integrada em arquitetura. Os objetivos deste projeto prendem-se com o processo de catalogação, documentação e disseminação desses trabalhos:
  • Catalogação: normalização de procedimentos de catalogação / inventariação de arte pública ou integrada em arquitetura partindo das metodologias de inventário de áreas artísticas que já se encontram tendencialmente padronizadas.
  • Documentação: seleção e disponibilização. Reflexão sobre os critérios de seleção de documentação associada a uma obra de arte pública ou integrada em arquitetura, e acerca dos potenciais de ligação entre dados que nos são proporcionados pelas plataformas digitais de inventário e arquivo.
  • Disseminação: da inventariação ao museu virtual. Refletir e dar os primeiros passos para a construção de um museu virtual de arte pública ou integrada em arquitetura, centrado não apenas no elenco de objetos, com as informações básicas que normalmente lhes são associadas, mas que proporcione ao visitante a possibilidade de contactar com elementos adicionais que contribuam para o aprofundamento da análise das obras, seu enquadramento no percurso dos artistas e no panorama artístico nacional e internacional.
Conheça a bolseira de investigação apurada no âmbito deste seed project:

 

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Sofia Carvalho
Licenciada em História da Arte pela Universidade NOVA de Lisboa (2014) e Mestre em Ciências da Documentação e Informação pela Universidade de Lisboa (2018). Frequenta atualmente o Mestrado em Museologia da Universidade do Porto. Colaborou como investigadora voluntária nos projetos «Projeto Lx Conventos –Da cidade sacra à cidade laica. A extinção das ordens religiosas e as dinâmicas de transformação urbana na Lisboa do século XIX» (2015-2016) e «Exposições de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian – Catálogo Digital» (2016). Colaborou com Centro de Documentação do MUDE – Museu do Design e da Moda (2016), com o MUHNAC – Museu Nacional de História Natural e da Ciência (2016-2017) e, mais recentemente, trabalhou como arquivista no Arquivo Histórico e Biblioteca do Museu das Comunicações (2018-2020).