Conferência para pensar a Arte e Direitos Humanos | 20-21 maio, FCGulbenkian

De que forma pode uma peça de teatro, um filme ou uma música tornar uma questão invisibilizada num assunto político e mediático? Há alguns anos que Susana C. Gaspar, investigadora de doutoramento e coordenadora do projeto Artes pela Amnistia, investiga o impacto das práticas artísticas na criação de uma agenda de defesa e promoção de Direitos Humanos. O potencial é conhecido. E é cada vez mais frequente ativistas e artistas trabalharem juntos. Mas sabemos, de facto, porque é que a arte é tão impactante para falar criticamente sobre Direitos Humanos?

Terá lugar nos próximos dias 20 e 21 de maio, na Fundação Calouste Gulbenkian e online, a conferência internacional sobre Arte e Direitos Humanos, coorganizada entre o IHA – Instituto de História da Arte da NOVA FCSH, a Amnistia Internacional Portugal e Chão de Oliva – Centro de Difusão Cultural. Recentemente, a AGIR – revista sobre Direitos Humanos da Amnistia Internacional Portugal dedicou-lhe uma secção, para a qual contribuiu Susana C. Gaspar, investigadora doutoranda do IHA – grupo CASt que integra a equipa que organiza o evento. Para ler, aqui.
A conferência trará a discussão temas como as relações entre Memória Coletiva e os Direitos Humanos, a Arte e a Educação, a Arte e a Cidadania, os Direitos Humanos na Arte Contemporânea, a discriminação e a limitação de Direitos Humanos.
“Há uma dispersão muito grande de conceitos e projetos. Chamamos-lhe arte socialmente comprometida, arte participativa, arte comunitária, arte política, artivismo… E esta conferência tenta congregar as pessoas que estão, no fundo, a pensar o mesmo, para que possam partilhar as suas investigações e conclusões”, explica Susana C. Gaspar.
Além das 18 comunicações que fazem parte do programa da conferência, destaca-se ainda a participação de quatro oradores principais:
– Gregory Sholette, Artista, Professor, Autor e Ativista – “um dos maiores teóricos sobre Arte e Ativismo”;
– Karima Bennoune, Relatora Especial das Nações Unidas para os Direitos Culturais;
– Daniel Gad, Diretor do programa UNESCO de Políticas Culturais para as Artes em Desenvolvimento, da Universidade de Hildesheim;
– Manfred Nowak, antigo relator das Nações Unidas e Secretário Geral do Global Campus of Human Rights em Veneza.
Consulte todo o programa em: artandhumanrightsconference.weebly.com