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Mulheres Bravas: Narrativas na arte para se falar no género feminino
25 de outubro, 16h (presencial)
CAN 219
Conferência por Marina Jerusalinsky, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (Brasil) e investigadora visitante no IHA, acolhida no grupo CASt para desenvolver o projeto “Bravas mulheres”: história e memórias de mulheres na arte participativa no mundo luso-brasileiro“.
O objetivo desta sessão é dar a conhecer a primeira fase dos trabalhos que a investigadora tem desenvolvido no IHA desde setembro.
Sinopse do seu projeto:
Trata-se de uma pesquisa teórico-poética sobre certas formas de silenciamento das mulheres tecidas historicamente, no Brasil e em Portugal, que ainda ressoam no contemporâneo. São investigados discursos que, desde a Idade Moderna, contribuíram para criar o ideal da mulher “virtuosa”, ou desejável, vinculado ao silêncio – tanto literal, numa interdição à fala, quanto como consequência simbólica do afastamento das mulheres da esfera pública -, em oposição ao estereótipo da mulher “brava”. Assim foram chamadas muitas que ocupavam o espaço público do século XIV ao XVIII, mas essa palavra sintetiza uma ideia maior, referindo-se às mulheres que ousavam (e ousam) falar fora do tom esperado, brigar e bradar pelas ruas o que for preciso. Assim, buscamos resgatar aqui seu significado menos usado: de valentia e coragem. Para tratar dessas questões, foram elaborados trabalhos artísticos centrados em narrativas de e sobre mulheres, alguns dos quais foram criados em colaboração com diversas mulheres brasileiras.
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