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Seminário IN2PAST | Forensic Heritage
Março 3 | 14:00 - 16:00 UTC+1

I Seminário do Laboratório Associado IN2PAST, dedicado aos Projetos Exploratórios que decorrem em 2023
Forensic Heritage: Primeira Tentativa de Operacionalização
3 de março, 14h-16h
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala 209 / online
Apresentação pelo IR Ruy Llera Blanes (CRIA-ISCTE) e demais equipa do projeto: Pedro Aires Oliveira (IHC-NOVA FCSH), Víctor Barros (Casa de Velazquez), Xurxo Ayán (IHC-NOVA FCSH), Marta Prista (CRIA-ISCTE), Maria Cardeira da Silva (CRIA-NOVA FCSH), Fátima Ferreira (Lab2PT) e Francisco Mendes (Lab2PT).
Comentários de Catarina Laranjeiro (IHC-NOVA FCSH)
O projeto exploratório “Landscapes of Terror, Violence and Forensic Heritages in the Postcolonial Lusophone space” tem como objetivo desenvolver uma agenda de investigação sobre como a violência se inscreve em regimes de memória e patrimoniais no contexto pós-colonial do colonialismo português e o espaço lusófono pós-colonial. Estamos interessados em compreender a especificidade material, paisagística e simbólica da “mobilização patrimonial” neste contexto empírico, de forma a explorar os (desiguais) processos de patrimonialização da história de violências coloniais e pós-coloniais. Nesta apresentação propomos testar e operacionalizar a principal contribuição conceptual do projeto – a ideia de “forensic heritage” – através da invocação e discussão de estudos de caso empíricos, baseados em pesquisas atuais e anteriores efetuadas por membros da equipa. Procuraremos focar em casos concretos – lugares, paisagens, edifícios, ruínas ou discursos – nos contextos pós-coloniais de Etiópia, Angola e Guiné-Bissau, ou pós-ditatoriais como Portugal e Espanha.
Começaremos com um debate crítico em torno do conceito de “forensic heritage” e a sua possível relevância para os estudos do património, e depois focaremos nos referidos estudos de caso, a partir das seguintes perguntas: De que tipo de “lugares” estamos a falar? Quais foram as memorializações e patrimonializações “possíveis” nos contextos pós-coloniais? Quais as ausências e silêncios associados ou resultados desses processos de patrimonialização? Que tipo de consequências ou efeitos materiais e simbólicos é que surgem em torno desses processos? Que tipos de acolhimento e/ou contestação é que emergem em resposta?